terça-feira, 11 de março de 2014

A vila Lindoya


Thermas de Lindoya –1918

Foi em Lindoya, vila do município de Serra Negra, situado no recôncavo, de mesmo nome, que cerca do lado norte a cidade e se estende por todo município onde eu nasci. Como toda criança esperada, fui muito adulada pelos pais, tios e parentes. Uma menina, depois que o primeiro filho foi homem, meu irmão Mário já com dois anos e meses.

Foi no dia 15 de março de 1905, ano da inauguração da luz elétrica e do jardim público em Serra Negra, cidade onde fui morar com meus pais aos dois anos de vida. E Lindoya (como se escrevia) ficava a apenas 24km de distância.
Havia uma estrada e um morro que chamavam de 7 Voltas, para ir ou voltar. Lindoya era uma vila, como tantas outras naquele começo de século, sem iluminação elétrica, com apenas duas ruas ou três, a de baixo, que era a rua da venda da Comadre Laura e do Compadre Faria, a de cima, que era do Coronel Estevão Franco, a que dava na ponte do Rio do Peixe e, a que subia para a capela ainda inacabada.

Quando nasci, lá se localizava o Cartório Civil onde fui registrada aos oito meses. Desleixo de alguém que foi me registrar mas não levou testemunhas e, daí, o papel ficou com os apontamentos, nomes dos meus pais etc, até que Papai indo procurar a certidão, viu que meu nome não constava no livro. Isso foi descoberto oito meses depois. Meu tio, que era meu padrinho, por estar em retiro no seminário, deu uma procuração para outros me batizarem, o Coronel Luiz Moreira e madrinha Guilhermina, no dia da Imaculada Conceição, 8 de dezembro do mesmo ano que nasci. Enfim, fui registrada em 1º de dezembro, portanto, oito meses depois com o nome de Maura e no batismo, Maura Conceição.

Em Lindoya papai era professor da Escola Mista, mamãe era da classe feminina e lecionaram lá por três anos. De lá ele foi nomeado Secretário da Prefeitura de Serra Negra, onde se aposentou com 35 anos de serviço público.

(Foto: Site da Prefeitura de Águas de Lindóia)

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