sexta-feira, 27 de junho de 2014

A Rua do Sapo


Recordações das passagens pelas ruas da minha cidade que tenho.
Havia ruas que eu tinha medo de passar, como a Rua do Sapo.

Essa rua ficava no final da cidade, na saída para Lindóia. Quando mamãe precisava falar com uma lavadeira ou uma cozinheira que morava por ali, era um verdadeiro sacrifício ir para aquelas bandas.
Os batráquios saiam dos esgotos e, a rua, permanentemente molhada, atraia os sapos e as minhocas para a alegria dos pescadores.

Pela rua Catorze de Julho, no centro da Luz Elétrica, que por muitos anos esteve localizado embaixo da Prefeitura, passei muitas vezes a cavalo para ir para a Escola no Bairro das Três Barras, com a professora Arminda Brusquini, que era a professora  estadual no mesmo lugar. As estradas eram de terra, assim como as outras ruas da cidade e quando chovia ficavam uma lama lisa como sabão.

Era divertido para muitos fumantes colocar um cigarro na boca de um sapo enorme que ali permanecia todas as noites para saborear bichinhos, grilos, baratas e mariposas que ali apareciam. O batráquio parecia gostar de ficar com o cigarro na boca, tirando suas fumaças de vez em quando. O Benedito, o Nora e o Lola eram os que mais se divertiam com essa brincadeira. No jardim, o jardineiro Chico Martins tinha muito cuidado para que as crianças não maltratassem os sapos, pois eles é que limpavam os canteiros dos bichinhos maléficos para as plantas, as lindas roseiras cultivadas por ele com muito carinho.


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